domingo, 25 de setembro de 2011

Vista à vila Acaba Mundo e Entrevistas com moradores - 22/09

Por telefone tentei conversar com os contatos passados pela Karla da Urbel, no intuito de me apresentar e "marcar" uma visita à vila com a ajuda dos mesmos. Infelizmente nenhum deles demonstrou boa vontade e a fala foi a mesma coisa: "a FEMAN e o pessoal da UNA estão sempre por aqui e podem te passar todas as informações". 
Resolvi ir à vila assim mesmo, e ao chegar lá, fui conversando com um, perguntando sobre o projeto Pólos para outro e quando percebi já estava lá dentro.
Assim que se chega à vila é possível ver um córrego que passa por entre as casas, só não consegui perceber se há esgoto chegando ao mesmo, mas acho que não.


Fotos tiradas no local

Ao entrar pela Rua dos Calvários - rua principal - percebi que ela é a única um pouco mais larga que as outras, porém insuficiente para a passagem de veículos maiores. Enquanto estava lá um caminhão de pequeno porte entrou com material de construção, mas foi bem difícil.

À medida que fui entrando na vila, fui tentando conversar com os moradores que encontrava no caminho. Uma delas, a D. Creuza moradora há 30 anos, me disse que a vontade dela seria que o pessoal melhorasse a rua dos calvários. "Aqui sobem os carros, e a rua está muito ruim, cheia de buracos". Perguntei se a vila tinha um local para a realização de encontros e  festividades e ela me falou de uma igreja que ficava mais acima na vila. Resolvi subir mais um pouco. Um casal que estava conversando próximo à igreja me disse que ali acontece de tudo,  culto evangélico, missa, reuniões, festas de criança, até velório eles faziam ali. Não me falaram nada sobre a vila pois estão morando lá só há alguns meses.
As próximas conversas foram com Ronei - 28 anos pai de 2 filhos e com Carlos Alberto - 28 anos e pai de 1 filho. Ao questionar sobre o que eles gostariam que melhorasse na vila, recebi as seguintes respostas:
Ronei: "eu queria que eles abrissem uma rua bem larga aqui que levasse até o outro lado, lá no Belvedere".´
Já o Carlos Alberto falou: "O que adianta falar, nada é feito mesmo", mas acabou me dizendo que gostaria que não tirassem eles de lá. Nesta conversa, outras pessoas foram chegando e perguntando o que eu estava fazendo. Outro já chegou dizendo assim: "Não assino nada. Nem o Corpo de Bombeiros me tira daqui".
Mais adiante conversei com o Lucas - 19 anos e o Carlos 24 anos. Para o Lucas o ideal também seria abrir uma via que cortasse a vila e chegasse ao Belvedere. Perguntei se ambulância ou "entrega de pizza" chegavam à vila e ele me respondeu: "Só se a gente pedir e passar o endereço da praça JK. Aqui em cima eles não vêm." O Carlos me falou algo bem interessante e que eu não havia pensado: "A gente gasta um dinheirão arrumando a casa do jeito que a gente gosta e aí quando o pessoal entrega aqueles apartamentos pequenos para a gente morar, nem piso tem. Infelizmente nenhum deles quis tirar fotos. Por onde passei vi salão de beleza, padaria, bar, mercearia, creche e uma igreja.
Foto do centro comunitário
 
Foto da Creche


Fotos da rua dos Calvários

Apesar de não ter conseguido quase informação nenhuma, pois o pessoal está cansado de falar, já que nada acontece, vou fazer novas visitas e tentar entrar em contato novamente com a D. Efigênia eis presidente da Associação de Moradores.

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